terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Manifesto Hacker


O Manifesto Hacker (também conhecido como The Hacker Manifesto, oficialmente com o nome de "The Conscience of a Hacker") é um pequeno ensaio, escrito em 8 de janeiro de 1986 por um hacker com o pseudónimo de "The Mentor" (nascido Loyd Blankenship).
Ele foi escrito após a detenção do autor, e publicado pela primeira vez no underground ezine hacker Phrack. É considerada uma pedra angular da cultura hacker, e dá alguns esclarecimentos sobre a psicologia de início dos hackers. É dito que isso moldou a opinião da comunidade hacker sobre si mesma e sua motivação. O Manifesto afirma que os "hackers" optam por hackear, porque é uma maneira pela qual eles aprendem, e porque muitas vezes são frustrados e entediados pelas limitações das normas da sociedade. Também expressa o Satori de um hacker percebendo seu potencial no domínio dos computadores. 
O Manifesto age como um guia para hackers do mundo, especialmente os novos no campo. Ele serve como um fundamento ético à pirataria, e afirma que há um ponto que a pirataria substitui desejos egoístas para explorar ou prejudicar outras pessoas, e que a tecnologia deve ser usada para expandir nossos horizontes e tentar manter o mundo livre. 
 artigo é citado no filme Hackers 1995, embora no filme ele está sendo lido na revista Hacker 2600, não o historicamente correto Phrack. Mentor recebe a atribuição de créditos do filme. O mesmo também é reproduzido no interior da caixa do CD do jogo Uplink.
"O Manifesto Hacker" é também o nome de um livro escrito pelo professor de estudos mídia McKenzie Wark. O Mentor deu uma leitura de O Manifesto Hacker e esclarecimento adicional oferecido pelo H2K2. 
Leia:
“Mais um foi preso hoje, está em todos os jornais! “Jovem preso por crime de computador” “Hacker preso depois de invadir Banco”. Malditos garotos! São todos iguais! 
Mas você, com sua psicologia barata e um cérebro tecnológico de 1950, nunca olhou atrás dos olhos de um HACKER. Você nunca se perguntou sobre o que despertou essa paixão? Que forças o incentivaram? O que o moldou? Eu sou um HACKER! Entre no meu mundo. Meu mundo começa na escola… Sou mais esperto que os outros garotos e esta bosta que nos ensinam me chateia. Malditos garotos! Eles são todos iguais!
Estou no ginásio ou nas universidades… Ouvi dos professores pela qüinquagésima vez como reduzir uma fraç?o “N?o, professor, n?o demonstrei meu trabalho, eu o fiz de cabeça” Malditos garotos! Provavelmente ele colou. Eles são todos iguais! Eu fiz uma descoberta hoje, conheci um computador. Espere um segundo, isto é legal! Ele faz exatamente o que eu quero. Ele é meu instrumento. Se ele comete um erro, é porque eu errei, não que ele não goste de mim, ou se sinta intimidado por mim… Ou porque não gosta de ensinar e n?o deveria estar aqui. Malditos garotos! Eles são todos iguais!
E então aconteceu… uma porta se abriu para um outro mundo. Escorrendo pela linha do telefone, como heroína nas veias de um viciado, um pulso eletrônico é enviado para fora, um refúgio onde me esconder dos incompetentes de todos os dias foi encontrado… uma teclado foi descoberto.
“É isto!… este é o lugar de onde eu venho” .Eu estou onde gosto… Me sinto a vontade aqui, a cada dia que passa meus conhecimentos aumentam vertiginosamente. Eu conheço todos aqui, nunca nos encontramos, nunca nos olhamos cara a cara, nunca escutei as suas vozes, mas conheço tudo sobre vocês… Malditos garotos! Usando a linha do telefone de novo! Eles são todos iguais!
Você apostaria a bunda para provar que somos todos iguais… Na escola nos nutriram com comida de criança enquanto desejávamos um ?suculento caldo de mocotó?. Os pedaços de comida que nos deram já estavam mastigados e sem sabor. Nós fomos dominados por sádicos, ignorantes ou apáticos. Os poucos que tinham algo a nos ensinar nos tratavam como bons alunos, e estes poucos são como “gotas d?água no deserto”.
Agora este é o meu mundo, o mundo de elétrons e bot?es, a beleza da transmiss?o em bauds por segundo. Nós fazemos uso de um serviço que deveria ser acessível e barato se não fosse dominado por aproveitadores e especuladores capitalistas, e vocês nos chamam de criminosos. Nós exploramos o conhecimento… e vocês nos chamam de criminosos. Nós corremos atrás do saber e vocês nos chamam de criminosos. Nós existimos sem cor, sem nacionalidade, sem religião e vocês nos chamam de criminosos. Vocês constróem bombas atômicas, vocês fazem guerras, vocês matam, trapaceiam, corrompem e mentem para nós e tentam nos fazer crer que é para nosso bem, e nós é que somos os criminosos?
Sim, eu sou um criminoso. Meu crime é a curiosidade. Meu crime é descobrir o que os jurados pensam e sabem e não o que vêem. Meu crime é descobrir seus segredos, algo que não te deixará esquecer jamais o meu nome. Eu sou um HACKER, e este é o meu manifesto. Você pode me capturar, mas não pode prender todos, pois no fim das contas, nós somos todos iguais.”
Fonte:anonymousbr4sil.net

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