sábado, 18 de julho de 2015

Seminário Internacional discute novos desafios da educação e o uso de tecnologias em sala de aula

Júnior Ribeiro
Pedagogia crítica, ensino contextualizado e o uso das tecnologias na educação de surdos foram os temas abordados no terceiro dia do Seminário Internacional de Pesquisa, Teoria e Prática Educacional realizado na manhã desta sexta-feira (17), no auditório central da Universidade Estadual do Piauí (UESPI/Torquato Neto). Todas as palestras foram também simultaneamente traduzidas para a linguagem de sinais: libras.
A primeira palestra foi ministrada pela pedagoga e professora da Universidade de Nova York, Tânia Ramalho. A professora discursou acerca da “Pedagogia Crítica”, tema que intitulou sua palestra, e explicou que o professor tem que estar preparado para tratar de temas como o racismo, o sexismo, a homofobia e preconceitos. “Temos que estar preparados para falar desses conteúdos e tentar combater e mudar. A culpa não é só do governo, como muitos dizem, cada professor e pedagogo tem esse dever individual também”, pontuou.


A professora da Universidade de Nova York, Tânia Ramalho, falou sobre a proposta de uma educação crítica nas escolas

Na sequência, o professor do curso de Letras Libras da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Clévis Lima, palestrou sobre “o uso das tecnologias na educação dos surdos”. Para o professor de Libras, as tecnologias devem ser encaradas como aliadas. “Elas permitem um melhor relacionamento entre o professor e o aluno. Permite também que o aluno surdo possa participar mais ativamente das aulas, sem que a aula fique limitada ao professor escrever e oralizar, e o aluno ter simplesmente que copiar. Dessa forma o estudante consegue ser um agente ativo do processo”, explicou.


Todas as palestras foram traduzidas simultaneamente para a linguagem de sinais. Ao fundo, professor de Libras da UFPI, Clévis Lima

Já a professora da Universidade de Washington, Geneva Gay, em sua palestra sobre “ensino contextualizado”, realizou uma dinâmica com os professores e alunos. Os participantes receberam uma folha em branco, e nela tiveram que escrever palavras ou expressões pejorativas e preconceituosas usadas pelos alunos em sala de aula e quais outras palavras e expressões os atuais e futuros educadores sugeririam para serem substituídas em sala de aula. A professora destacou que o objetivo foi realizar um exercício com o grupo acerca de como começar a construir a habilidade de se comunicar através de culturas diferentes.


Os participantes escreveram palavras pejorativas e sugestões de modificações dessas expressões, em dinâmica realizada pela professora Geneva Gay, ao fundo

O evento foi organizado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UESPI) e contou com o apoio da Secretaria Estadual de Educação e Cultural do Piauí – SEDUC e se encerra na tarde desta sexta, 17, com minicursos, um painel sobre o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR e com apresentação cultural do CORAL da UESPI.

Fonte:
Assessoria de Comunicação - UESPI
ascom.uespi@gmail.com
(86) 3213-7398

Nenhum comentário: