domingo, 22 de maio de 2016

Sem chuvas, produtores de soja 'comemoram' perda 10% na safra

Com perspectivas piores, produtor comemorou perda considerada 'pequena'.
No Sul do Piauí, perdas na safra de milho e soja chegaram a 80%.
Com perdas que chegam aos 80% da safra de no Cerrado piauiense, produtores de soja de Palmeiras, a 108 km de Teresina, comemoram perdas que chegaram a “apenas 10%” do que se esperava da colheita. É o caso do agricultor Vilton Bega, que achou o resultado positivo, já que em outras regiões registraram prejuízos muito maiores.
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“Estamos comemorando porque existem outras regiões, mesmo no Sul do estado, no Maranhão, no Oeste da Bahia, que a produtividade está bem menor do que aqui da nossa região. Pelo o que a gente tem de informação, gira em torno de 25, 35 sacos”, disse o produtor que conseguiu colher 45 sacos por hectare. 
Na região de Palmeirais, a plantação da soja tem mais necessidade de água no mês de abril, mas a água caiu três vezes menos que o previsto, já que choveu apenas 52 milímetros, quando o esperado eram, pelo menos, 140 milímetros.
Além da falta de chuvas, os produtores tiveram que iniciar a colheita mais cedo, porque a planta secou mais rápido e a soja deve ser colhida nesse ponto. “A soja antecipou o ciclo, começamos a colher no dia 31 de abril e com isso estamos deixando a soja secar naturalmente sem ter que dessecar (quando se usa um produto químico), que é um custo que estamos tentando evitar”, disse Vilton Bega.
Situação difícil no Sul do Piauí
A falta de chuva no mês de dezembro do ano passado fez com que as safras de soja e milho das fazendas em Uruçuí, a 453 km de Teresina, tivessem perdas de ate 80%. Na Fazenda Aliança, a expectativa era que houvesse uma produtividade de 60 sacos de soja por hectare, mas houve casos em que se conseguiram apenas cinco sacos.
“A gente que trabalha com agricultura, isso é muito triste de encarar. Aqui tem todo um ano de trabalho. Temos bastante investimento para produzir. Então, chegar ao final e você colher essa quantidade tão baixa é muito triste. Fizemos a parte da gente, mas o resto foi com o fator climático”, afirmou Márcio Sander, gerente da fazenda.
Fonte: G1.globo.com

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